Nesta sexta-feira, dia 29 de março, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, anunciou o fim do estado de emergência de saúde pública por dengue na cidade do Rio de Janeiro, devido à melhora dos indicadores epidemiológicos observada nas últimas semanas. Desde o início do ano a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem ampliando as estratégias no enfrentamento da doença e reforçando a conscientização sobre os cuidados da população para o controle do mosquito.
A cidade chegou a registrar 2,6 mil casos de dengue por dia, e já teve 500 casos graves que precisaram de internação. Nas últimas semanas, o panorama vem se modificando, caindo para 500 casos da doença por dia. E, apesar dos números iniciais, essa foi a epidemia com menor taxa de letalidade do Rio, sete óbitos.
“A gente agradece muito aos profissionais de saúde que atuam nos polos de dengue, cuidando dos cariocas, são mais de mil profissionais treinados que estiveram trabalhando durante esta epidemia. É importante agradecer também o apoio da população que se dedicou no combate à doença, que foi essencial para eliminar os focos do mosquito, mas também pede que continue esse serviço, que dedique 10 minutos por semana para verificar sua residência. E também é importante trazer seus filhos para se vacinarem”, diz o secretário municipal de Saúde.
Para o enfrentamento da epidemia, a Prefeitura do Rio adotou estratégias como a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue); a abertura de 11 polos de atendimento para a doença distribuídos por toda a cidade; a dedicação de leitos para pacientes com dengue nos hospitais da rede municipal; o uso de carros fumacê nas regiões com maiores incidências de caso e a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados para busca e eliminação de focos do mosquito.
Os polos de dengue foram preparados para o diagnóstico e tratamento das pessoas com dengue, com pontos para hidratação venosa ou oral, conforme necessidade de cada caso. Para os quadros mais graves, com indicação de internação, os pacientes foram regulados pela Central Municipal de Regulação como vaga zero (emergência) e transferidos para leitos dedicados à dengue nos hospitais da rede de urgência e emergência do município. Desde a inauguração do primeiro polo, no dia 5 de fevereiro com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, foram mais de 45 mil atendimentos nos onze polos.
O COE-Dengue planejou, organizou, coordenou e monitorou as ações de enfrentamento à dengue; elaborou protocolos e análises relacionadas à situação epidemiológica da doença na cidade; divulgou informações relativas à emergência de saúde pública e deliberou sobre os estágios de aplicação das medidas protetivas para cada região do município; se configurando como uma importante ferramenta para a SMS.
A partir do monitoramento da doença no COE-Dengue, a SMS intensificou as ações de combate e controle do _Aedes aegypti_ nas áreas mais afetadas. Ao todo, foram mais de 2,5 milhões de vistorias em imóveis na cidade, mais de 11 mil chamados da Central 1746 atendidos e mais de mil ações de UVB (fumacê).
Terminado o estado de emergência de saúde pública por dengue na cidade do Rio de Janeiro, a partir deste domingo (31) todos os 11 polos de atendimento de dengue serão convertidos em pontos de vacinação contra a influenza, doença que tende a dominar o panorama epidemiológico nas próximas semanas.
Com a chegada do inverno e o aumento de casos de influenza, a SMS alerta a população para se vacinar contra a gripe. Uma estratégia que será adotada pela Prefeitura será levar a vacinação para locais de grande movimentação, como eventos, estações de metrô, trens, etc., para ampliar a cobertura vacinal.
Mais informações sobre a campanha de vacinação contra a influenza no link: https://saude.prefeitura.rio/vacinacao/gripe/.